segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Alexandre Burmester (1)

Mensagem de Apoio

Com a proximidade das eleições para a Ordem dos Arquitectos, e na qualidade de mandatário pela Lista C - Norte, quero deixar aqui uma mensagem a todos os Arquitectos.

Estando inscrito na Ordem há mais de 25 anos, confesso que após alguns anos de jovial ingenuidade, deixei de acreditar que a Ordem pudesse desempenhar as funções para as quais deveria estar vocacionada. Por este motivo, julgo que já não voto há muitos anos.

Na verdade nestes 25 anos, a Ordem ganhou casa nova, nome novo, mas os seus Serviços, e o papel que deveria desempenhar na sociedade, na representação dos Arquitectos e na defesa dos seus interesses, foi tanta como a alteração do Decreto-Lei 73/73. Isto é pouco ou quase nada.

Neste últimos anos, multiplicaram-se os seus membros, alteraram-se cenários, alterou-se a própria profissão, mas a Ordem continua sempre a mesma. Prova disto resume a identificação dos seus associados, que se restringe à obrigação do cumprimento do pagamento de cotas, para que possamos obter um Cartão, uma agenda, um Jornal, um mail, e uma Certidão paga de 6 em 6 meses.

Ainda crente pela mobilização para a Petição feita para a revisão do Decreto 73/73, tomei parte assinando e esperando que a sua revisão pudesse finalmente trazer algo de novo. Contribuiria para o aumento do mercado de trabalho, para a inserção dos muitos Arquitectos que não tem emprego, e acima de tudo haveria de contribuir para o melhor planeamento e qualidade do espaço construído.

Triste ilusão, porque o assunto foi tratado de forma incompetente, e a revisão trará menores valias do que aquelas que o mal afamando Decreto continha.

Ao ler os programas de qualquer que seja a candidatura, não deixarei de estar de acordo com todas. Na ideia e no sentido todas apresentam questões pertinentes, e todas apontam soluções e compromissos. Confesso é que para Campanhas, Programas e promessas estou farto, e já não dou para esse peditório. Juntem-se todos, e todos os Programas que teremos ORDEM.

Independente das boas intenções que todos possam ter, assim como de todos os que por lá passaram, todos emprestaram o seu nome, o seu tempo, e a sua fama às causas, mas nunca deixaram de colocar a sua profissão em primeiro lugar. Precisamos de uma Ordem profissional, com gente dedicada, se calhar com pessoas em cargos que nem tem de ser Arquitectos.

Precisamos daquilo que me parece se diferenciar na candidatura da Lista C - gente nova com uma postura diferente, que está motivada e tem vontade e disponibilidade para trabalhar.

Porto, 15 de Outubro de 2007

(1) Mandatário da Candidatura

11 comentários:

Ana Gil disse...

Na verdade, a postura da lista C é completamente diferente… para além da vontade de fazer algo para TODOS, caso tenhamos a possibilidade de representar a classe temos, enquanto candidatos, uma atitude nada semelhante aos colegas da lista A.
Não posso deixar de ficar indignada, não como candidata mas enquanto arquitecta, com o desplante dos senhores que diariamente enviam mensagens de voto por email para todos os associados, tirando vantagem da informação que consta na OASRN.
No entanto, há algo que considero mais grave: estes senhores apresentam a lista das suas actividades eleitorais, jantares aqui e ali, mais jantares ali e acolá… para promover aquilo que tiveram oportunidade de fazer enquanto ocuparam os seus cargos e, no final do email enviado, ainda têm a coragem de pedir contributos para o NIB referenciado. Na foto do debate em Aveiro podemos ver, à esquerda, o Daniel Fortuna do Couto ser referenciado por Arqtº Diogo (lista c), enquanto os restantes, para além do nome próprio correcto, têm ainda apelido.

Anónimo disse...

A candidatura da lista A|norte, não utilizou qualquer informação privilegiada da base de dados da OASRN. A nossa listagem de e-mails de arquitectos, cerca de 2600, foi construída a partir dos contactos pessoais dos membros da lista, dos contactos pessoais dos apoiantes da lista, dos contactos pessoais de nossos amigos e da informação impressa no último directório de arquitectos que até alguns anos atrás todos recebíamos anualmente. Esta listagem, que infelizmente não abarca todos os membros da OASRN, senão seriam cerca de 5000 e-mais, é fruto de um grande esforço nosso, que corresponde à nossa convicção de que é fundamental comunicar as nossas propostas, intenções e compromissos em relação ao futuro da Ordem dos Arquitectos.
O 2º parágrafo do seu comentário refere-se exclusivamente à newsletter da Candidatura da Lista A nacional.

Pedro Aroso disse...

Filipa Guerreiro,

Dou-lhe os meus parabéns pela vossa organização. Se calhar, nem o SIS tem tanta informação a nosso respeito.

Pedro Aroso
1311-N

Anónimo disse...

Cara Filipa

Quero agradecer a sua atitude louvável de não utilizar o anonimato para rebater as ideias e afirmações colocadas neste blogue. Ao contrário dos anónimos que teimam em desinformar, o seu comentário merece toda a credibilidade e consideração.
Gostaria de aproveitar a sua disponibilidade para dialogar, colocando-lhe duas questões:
1- Porque razão não foi agendado nenhum debate entre as várias listas candidatas, no Porto, quando esta cidade para além de ser a sede da OASRN, conseguiria congregar um elevado número de participantes?
2- Qual o motivo para a lista C não ser convidada para a sessão ontem realizada no núcleo de Braga? Não haverá aqui algum défice democrático?

António Figueiredo
6490N

Anónimo disse...

1- Nenhuma das candidaturas para a OASRN, A e C, demonstrou interesse em realizar qualquer debate. A lista A não se negou a participar em qualquer debate. Os debates que se realizaram, decorreram do interesse demonstrado pelo núcleo de Aveiro e pelo núcleo de Coimbra, e foram acordados entre os delegados de ambas as listas.

2-Tal como a Sessão de Apresentação da candidatura da Lista A no Porto, no passado dia 10, a Sessão de Esclarecimento da Lista A ontem em Braga foi organizada, e o aluguer do espaço foi pago pela Candidatura e não pelo Núcleo. Uma sessão de esclarecimento de uma candidatura não é um espaço de debate entre listas.

para mais informações consultar o blog: http://www.todospelaarquitectura-norte.blogspot.com/ e/ou enviar questões para todospelaarquitectura-norte@hotmail.com

Anónimo disse...

Sim, nenhuma das listas regionais se recusou a participar em qualquer debate, é verdade.
A questão não é essa. O que revela bem o estado deploravel a que a SRN chegou é o facto de não ter havido no Porto nenhum debate entre as listas nacionais. Assim como os núcleos reclamaram, e bem, debates entre as listas regionais para melhor esclarecimento dos seus membros, tambem a SRN deveria ter reclamado um debate nacional, à semelhança do que aconteceu nas outras eleições. Recorde-se que o Porto é o segundo maior polo de arquitectos do pais e que todos esses colegas e a nossa cidade mereciam um debate. Por outro lado, simbólicamente, a SRN e o Porto ficam bastante diminuidos.
Como arquitecto, e não como candidato, não acho esta situação aceitavel.

Anónimo disse...

filipa, dedica-te as canções de embalar que esse é o teu futuro!

Pedro Aroso disse...

Eu não conheço a Filipa Guerreiro mas, o simples facto de dar a cara, leva-me a acreditar que é uma mulher de carácter merecendo, por isso, toda a minha consideração. Assim, apelo no sentido de manterem a elevação do debate aqui despoletado.

Anónimo disse...

Cara Filipa

Obrigado pela sua resposta.

No entanto, não posso concordar quando diz que nenhuma candidatura demonstrou interesse em realizar qualquer debate. Esse interesse sempre existiu por parte da lista C, e a prová-lo está a presença de alguns elementos da lista C, com destaque para o Daniel Couto, na reunião de ontem em Braga, apesar de não terem sido convidados. Por outro lado, a colega informa que os dois debates realizados foram agendados pelos núcleos de Aveiro e Coimbra. Confirma-se assim que, e a colega saberá melhor do que eu, são os actuais dirigentes da OASRN, onde se incluem os núcleos, que agendam os debates, por isso reformulo a minha questão: porque razão a OASRN não demonstrou interesse em realizar um debate no Porto?

No que respeita á dita sessão de esclarecimento de Braga, fiquei surpreendido com a sua resposta quanto ao pagamento do aluguer do auditório, quando não coloquei qualquer questão sobre essa matéria. Estranho também o facto de o núcleo de Braga se fazer representar numa sessão de campanha eleitoral. Onde está a isenção e imparcialidade? Não estarão algumas pessoas a confundir e misturar a instituição AO com a lista A? Espero que não.
Uma última nota para a atitude de pouca elevação da colega Teresa Novais ao impedir a presença do Daniel Couto na mesa de oradores, e mais tarde, na fase das perguntas, ao negar-lhe o direito á palavra. Afinal parece que a lista A acabou por se negar a participar no debate. É pena não terem existido mais debates, mas o balanço que faço dos poucos que se realizaram é bastante positivo, porque daí adveio a adopção por parte da lista A de várias propostas retiradas do Programa de candidatura da lista C.

Continue a participar no nosso blogue e obrigado pelo seu tempo

António Figueiredo
6490N

Anónimo disse...

Cara Filipa Guerreiro,
em primeiro lugar uma "chapelada" de consideração por assumir a sua posição sem se esconder atrás do anonimato. As ideias são exactamente para isto: discutir. Faço minhas as palavras do Pedro Aroso; discorde-se, dicuta-se, com a elevação que a Ordem e em particular a nossa colega merecem.
Não posso deixar de lamentar que a SRN não tenha realizado qualquer debate entre as duas listas candidatas ao CDN. A iniciativa devia partir da actual direcção, que uma vez mais passou ao lado do que é importante. É assim em democracia; não é infelizmente assim na SRN da Ordem dos Arquitectos.
Com os melhores cumprimentos.
César Lima Costa

Anónimo disse...

Cara Filipa,

Ao contrário da maioria eu conheço a filipa e algum do trabalho dela, e já agora creio que vocês também, quanto mais não seja o Titan.

Entendo por isso magnifico que ela tenha vindo aqui escrever, coisa que eu não posso fazer no blogue da candidatura dela. E acrescento que isso é uma opção de quem se candidata. Uns são mais abertos e frontais do que outros.
Mas devo assinalar com todo o respeito que lhe tenho que nos faça o favor de não esconder uma realidade - a lista A usa a base de dados da OA. E ponto.
E já agora, para que se saiba, somos 15 mil, mas não somos assim tantos como isso, nomeadamente para que tudo se saiba e que tudo se ouça. Podemos estar em listas diferentes, mas continuamos a ser os mesmos colegas, alguns até amigos de longa data. E digo isto na plena convicção daquilo que afirmo.
Portanto, sobre o tema da utilização abusiva da base de dados, esta direcção faz o habitual (não o correcto) tem aquilo disponivel e usa-o.
E não me venham com moralismos, porque se assim não fosse disponibilizavam os emailes e telemóveis às candidaturas todas. E não o fazem porque isso é um produto que a ordem vende, que por sinal não devia vender, e portanto toca a esconder.
Em resumo, as condições de disputa eleitoral entre quem está no poder e quem está contra o poder são sempre desiguais (ou quase sempre). Oxalá não se esqueçam disso no rescaldo dos resultados eleitorais. E desculpem-me dizer que acho que desta vez existem muitos mais a pedir mudan Ç a.